Partindo dos escritos
e da obra plástica da artista Lygia Clark, pretende-se desenvolver a
tese de que a arte é capaz de produzir novas representações,
reorganizando o discurso, promovendo uma nova dinâmica na economia psíquica
e uma subjetividade calcada no desejo.
Palavras-chave:
Lygia Clark, Arte, Subjetividade, Sujeito, Representação.
ABSTRACT
Based on the writings
and works of plastic artist Lygia Clark, the author tries to develop the theory
that art is capable of producing new representations, reorganizing the speech,
promoting a new dynamic in the psychic economy and a subjectivity based on desire.
À noite, A. apareceu e foi a noite mais alucinante da minha vida.
Nos entregamos, ou eu me entreguei [...] a uma relação
super agressiva, super infantil e chegamos próximos das fantasias mais
[...]) eróticas. Quase apanhei, perdi a noção das
coisas, como acontece nas minhas experiências. Virei energia pura e nem
me dava conta do que estava acontecendo. Foi soberbo.1 (Trecho do
diário inédito de Lygia Clark)
Esse trecho, publicado
na revista ISTOÉ2,
numa reportagem sobre a artista Lygia Clark, chamou-me a atenção
no momento em que preparávamos nossa jornada sobre psicanálise
e arte. A sutil articulação entre a relação erótica
e a experiência artística fez pensar a possibilidade de trabalhar,
com seu auxílio, as questões da mulher e da criação
artística, na perspectiva psicanalítica.
Este primeiro
projeto foi abandonado quando, ao entrar no mundo dos seus escritos, descobri
a complexidade interior desta artista revolucionária que quebrou paradigmas,
gerando uma mudança radical nas relações entre o artista,
o objeto de arte e o espectador. Por isso acabei escolhendo tratar do que mais
me intrigou no material ao qual tive acesso: o percurso da artista na busca
de constituir-se como sujeito do seu desejo, tendo a arte como recurso fundamental.
Esta mineira de
Belo Horizonte, nascida em 1920 e falecida em 1988, analisada por Pierre Fédida3
– quando morava na França – e por vários psicanalistas
brasileiros ao longo de toda a sua vida4,
é considerada a fundadora do neoconcretismo.
Numa das muitas
biografias que podemos encontrar na Internet, li um trecho de autor não
mencionado que muito bem descreve o percurso de Lygia. Ele diz que “tentando
superar os limites entre obra e vida, ela rejeitou a ortodoxia do concretismo,
fundou um novo movimento, experimentou a body arte, adentrou a arte plurissensorial.
Vivendo no limiar entre a psicanálise e a expressão artística,
em dado momento abdicou do próprio rótulo de artista, exigindo
ser chamada de “propositora” e ao final de seu percurso usou a sua
criação como instrumento terapêutico”5.
Mas o que em particular
sobressai na leitura que faço dos escritos de Lygia Clark é o
processo de engendramento de uma nova subjetividade no qual a arte entra como
produtora de representações, reorganizando o discurso e promovendo
uma nova dinâmica na economia psíquica. O resultado disto vai permitir
que Lygia se torne sujeito do seu desejo, livrando-se das angústias que
seus conflitos internos produziam, na medida em que implica um novo posicionamento
em relação à própria vida6.
Seus diários,
ainda inéditos, revelam um mundo interior povoado de fantasias e, para
além das questões cotidianas do feminino, uma rica trama de questionamentos
que denunciam sua busca constante de uma nominação, ou seja, a
busca de uma identidade própria e singular. Sabemos que, na base de toda
angústia, está o desconhecimento e a impossibilidade de o indivíduo
situar-se em relação ao desejo que lhe é próprio
e que responde à questão fundamental: “Que quero?”,
pois esta responde simultaneamente ao “Quem sou?”.
Encontramos, neles
e nas cartas enviadas a Hélio Oiticica, muitas passagens da vida da artista,
inclusive sonhos que revelam todo o seu tormentoso sofrimento e o papel da criação
como recurso para inventar um lugar para si no mundo.
Certas passagens
dos diários permitem situar a origem muito precoce da angústia
e testemunham o desnorteamento de Lygia a partir da infância. Além
disso, se houvesse dúvidas sobre a possibilidade de tratar-se de uma
estrutura psicótica, seus escritos nos dão subsídios que
apóiam a hipótese de uma estrutura neurótica em que os
delírios e alucinações, aparentemente psicóticos,
não passam de efeitos produzidos pela rica proliferação
imaginária caracteristicamente histérica. Ao mesmo tempo, parece
que é justamente esta proliferação desenfreada que vai
convocar e favorecer a utilização da arte como seu primeiro e
mais poderoso recurso para dar conta dos conflitos. Lendo algumas destas passagens,
constatamos o papel da angústia na construção desta biografia
e da própria produção artística.
Lygia estabelece,
de forma clara e constante, a articulação entre a arte e a angústia,
principalmente quando observamos o relato detalhado de um sonho seguido da construção
de um novo objeto que o materializa. Ela diz literalmente:
Gostaria
de pegar todos os meus cadernos de apontamentos e fazer uma ligação
com a obra que fazia no momento de cada sonho ligando a obra, a realidade
e os sonhos como processo de toda essa minha luta de integração
de tudo. (Trecho dos diários 25/12/1968).
Podemos dizer
que toda a sua produção está descrita, “explicada”
e relacionada aos seus processos internos, suas “crises”
como ela própria denomina, tornando compreensível as mudanças
em cada fase do seu trabalho.
Para entender
melhor as falas da artista, vejamos um pouco do seu percurso. A obra de Lygia
se inicia com trabalhos tradicionais de pintura a óleo sobre tela. Escadas:
Las escaleras
de Clark son un lugar de paso, el flujo ambivalente de subir y bajar, um
tránsito de opuestos. Conforman la génesis de las dualidades
que preocuparán a la artista en el futuro: “Soy el dentro y
el fuera: el derecho y el revés. (Paulo Herkenhoff. In: Lygia
Clark. Barcelona: Fundació Antoni Tàpies ,1997. p.36).
Essa preocupação,
que revela a divisão subjetiva de Lygia, pode ser rastreada em toda a
sua obra, tanto na vertente da arte como em seus escritos. Esta dualidade conflitante
e reiterada vai ser subvertida de diversas formas, numa tentativa recorrente
de encontrar a “integração de tudo” que se
expressa em sua produção pela anulação dos limites
da moldura instaurando uma continuidade entre a obra e o espaço que a
circunda.
Durante a década
de 50, ela vai trabalhar com as superfícies e os planos nessa perspectiva
de diluir fronteiras até chegar aos “Casulos”, que marcam
“A morte do plano” e introduzem o que ela chamou de “vazio
pleno”. Os casulos, lugares de gestação, vão desembocar
nos “Bichos”, estruturas em metal que articulam vários planos
e podem ser movimentados e transformados pelo espectador.
Com a série
“Bichos”, a partir de 1960, ela inicia uma verdadeira subversão
da arte: 1º) propondo que o objeto de arte não seja apenas visto,
mas também tocado; 2º) introduzindo os outros sentidos do espectador
na cena artística; e 3º) incluindo-o na própria criação,
não mais como observador, mas como sujeito co-autor da obra. É
o início do que se configurará como “proposições”
e que vai implicar o apagamento do artista como autor da obra.
Por volta de 1963,
ela propõe que o espectador, que já é então co-autor
participante da obra, crie uma fita de Moebius7
que cortará em toda a sua extensão fazendo a experiência
da continuidade entre o dentro e o fora – que ela chama de “Caminhando”.
Nessa experiência com a banda de Moebius, Lygia encontra uma intimidade
entre o eu e o outro, o artista e o espectador, ou, ainda, entre a obra e o
espectador/participante, numa relação de continuidade que promove
a fusão entre o eu e o outro. O objeto criado perde a importância
e o ato criativo assume todos os privilégios, de forma que podemos pensar
que é da posição de sujeito que se trata nessa tentativa
de Lygia de, a partir do outro (o participante), encontrar seu próprio
lugar nesta relação dual, de espelhamento, pela via do ato.
O ato assume aqui
o valor de obra, independente do objeto criado e do eu do artista/criador, que
se unificam através da continuidade que o próprio ato produz entre
o espectador/participante e o objeto real que se desvanece a cada transformação.
Lygia aprendeu que o eu é ilusório, o sujeito é volátil
e que só o ato pode dar-lhe a consistência de sujeito.
De “O
dentro é o fora” e “O antes é o depois”
(1963), frutos dessa fase, ela passa a criar os “Trepantes”
(metálicos) e as “obras moles” de material flexível
(borracha), que ainda privilegiam o sentido da visão e a “mostração”8
da continuidade. Mas não por muito tempo, pois esta fase vai desembocar
na “Nostalgia do corpo”.
A mostração
da continuidade através desses objetos moebianos, calcada na identificação
imaginária com o outro, não dá conta da construção
da subjetividade. Esta fusão parece não dar certo e, talvez por
isso, a partir daí o corpo é convocado. Cada um dos sentidos vai
ser explorado pela artista através de objetos criados para estimular,
primeiramente, novas percepções e, gradativamente, a sensação,
mais além da percepção e do sentimento.
Nesse tempo, Lygia
passa por uma fase de grandes privações que a impedem de obter
material para sua criação. Passa, então, a utilizar todo
tipo de material que encontra para despertar uma experiência sensorial
e estética no participante. Ela pretende estimular a produção
de sentido a partir da dimensão estética da subjetividade9,
experiência que ela própria vivenciou e que vai desenvolver e aprofundar
até o final de sua obra, inclusive com objetivos terapêuticos.
Até essa
fase, Lygia viveu intensamente a dualidade que já mencionamos e que promoveu
a repetição incessante da continuidade entre sujeito-objeto: “O
dentro é o fora”, “O antes é o depois”
e, finalmente, “O Eu e o Tu”. Nos fragmentos de uma carta
a Hélio Oiticica de 11/08/70, podemos ler sobre o apagamento que o sujeito
sofre nesta tentativa de encontrar no outro (em espelho) uma nominação
não apenas através da arte, mas também na vida. Na carta,
Lygia revela uma grande angústia pelo fato de não poder encontrar
a si mesma através desta fusão com o outro, pela indiferenciação
que se estabelece:
Passei
ou ainda passo por uma vivência nada gratificante. É como se
tivesse perdido minha cara. Me vejo em todos, podendo ser todos, tal a identificação,
menos eu própria! Estou à procura da minha cara e tem dias
que me encontro, mas é raro e espero o dia lindo em que poderei fixar
minha fisionomia tal qual é e aceitá-la na maior alegria[...]
Poucos dias após
esta carta, ao chegar à Espanha, ela vive uma grande crise que vai resultar
na descoberta de uma cara própria, uma subjetividade singular,
e promover o desenvolvimento de uma nova série criativa. Na carta de
22/10/1970 a Hélio Oiticica ela descreve a crise e relata seus efeitos
vividos no dia seguinte:
[...]a
fusão das duas coisas está se fazendo e Carboneras foi para
mim fundamental, pois lá vivi, numa só noite, o primeiro choque
direto vindo de percepções da vida e passei uma noite alucinatória
como se tivesse tomado L.S.D.!...
[no dia seguinte] ...quando me vi no espelho, descobri maravilhada
que minha cara, que há muito havia perdido, estava lá, olhando
para mim; foi como se me reencontrasse depois de viver “o outro”
tanto tempo, e hoje me sinto eu mesma! Depois disso me pergunto se ainda
precisarei fazer proposições, pois o que preconizo –
arte-vida – já foi desencadeado diretamente em mim nessa noite!
O que ela chama
de “fusão das duas coisas” eu traduziria como o
encontro com seu desejo, ou seja, o confronto e reconhecimento entre o eu imaginário
e o sujeito do desejo inconsciente. O efeito disto é o de apaziguamento
da divisão subjetiva pelo surgimento de uma identidade que advém
do “errar para encontrar um caminho pessoal e único”10
na própria singularidade de seu objeto. Nesta nova pele de sujeito, liberta
da alienação ao gozo e desejo do Outro, Lygia aprofunda sua exploração
do corpo e suas sensações, como se buscasse recuperar o prazer
dele emanado para usufruir desta condição de ser sujeito do desejo
e do prazer. Esta elaboração que envolve a estrutura e a arquitetura
psíquica também encontra correspondência na sua obra e abre
para uma nova vertente: O “Pensamento mudo”.
Esta fase do “Pensamento
Mudo” expressa “o simples viver”, segundo ela
própria, pois é a conseqüência desta libertação
do Outro e por isso não exige a criação de um novo objeto
como representação. É apenas um novo sentido que surge
para Lygia que vem apaziguar o conflito interno que até então
reinou. Este sentido novo possibilita a reorganização da economia
libidinal e uma nova relação do sujeito com o desejo e o mundo.
É a partir
dessa posição de sujeito que Lygia passa a explorar a “Fantasmática
do Corpo”, fase que vai propor o que ela chama de “Corpo
Coletivo” em que os participantes exploram mutuamente suas sensações
corporais usando todo tipo de material. É desta fase a “Baba
Antropofágica” que emerge de um sonho em cujo relato podemos
ouvir a construção da fantasia e a sua transposição
e realização no ato artístico.
No momento em
que Lygia está dando aulas na Sorbonne e se analisa com Pierre Fedida,
ela se aproxima da psicanálise. Podemos saber disto por um fragmento
de entrevista concedida a Roberto Pontual do Jornal do Brasil, em 197411,
quando ele pergunta o que é a “fantasmática do corpo”
e ela responde que:
É
um trabalho de fronteira: é impossível defini-lo com precisão.
A partir de determinadas vivências, e de sua expressão verbal
em grupo, chego às margens da psicanálise. Por isso, com a
intenção de converter-me em um suporte sólido, estou
me analisando em profundidade com Pierre Fedida, cujo interesse pelo redescobrimento
do corpo o aproxima de mim. ... Cria-se
um corpo coletivo. E precisamente meu silêncio, minha escuta, o receber
o que eles me entregam nesse momento, é o que constitui agora a parte
mais intensa de meu trabalho. Como na psicanálise, o que importa
não é o fato em si, a figura da mãe ou do pai engolida
na infância, senão o que a envolve, a fantasmática que
se lhe confere. E em tudo isso, lanço também minha própria
fantasmática para ser elaborada pelo outro.... Elaboro um rito em
que cada um dos participantes termina assumindo seu próprio mito.
(Texto completo no Catálogo da Fundació Antoni Tàpies,1997.
p.314).
Dessa forma, Lygia
caminha transformando o que era objeto de arte em objeto de uma experiência
vivida na qual o outro põe em ato as cenas da sua fantasia; de forma
que o ato criativo se torna cada vez mais um ato do participante, cada vez mais
autor.
Daí para
a “Estruturação do self”, sua próxima
e última fase não há mais que um desdobramento que a leva
a propor, inspirada em Winnicott, Laing e outros autores psicanalistas, o “objeto
relacional”, que “se define na relação estabelecida
com a fantasia do sujeito”, segundo sua própria definição.
Sistematizando seus procedimentos, Lygia passa a aplicar como técnica
terapêutica aquilo que se iniciou como uma criação artística.
Como propositora ela promove a experiência do vazio de sentidos, força
a construção de representações, buscando que esse
pequeno outro produza seu objeto e se faça sujeito da fantasia. Na visão
de Suely Rolnik (2001), ela busca desta forma promover “a desobstrução
da dimensão estética da subjetividade”12,
que seria o objetivo da clínica em última instância. Sugerimos
que a estratégia é de, produzindo representações
de coisa e de palavra, produzir os significantes que faltam no discurso do sujeito.
Se o final de
um processo de análise oferece ao sujeito a possibilidade de ocupar a
posição de analista, talvez possamos aqui fazer um paralelo e
pensar que Lygia, após esse percurso de elaboração que
envolve o atravessamento da própria fantasia, tenha desejado estar nesse
lugar de objeto supondo que assim poderia promover no outro uma construção
a partir do imaginário que a sua técnica estimula.
Entretanto, para
além de toda a polêmica que esta prática gerou – e
ainda pode provocar – a respeito dessa técnica enquanto terapêutica,
o que realmente pretendi abordar neste artigo através dessas articulações
entre a arte e a vida de Lygia Clark é fundamentalmente o percurso de
um sujeito que, em seu processo de elaboração de uma identidade,
dispõe da arte como instrumento para manusear a fantasia como matéria-prima.
Pretendo aqui marcar os efeitos que a arte pode operar no nível da construção
de uma subjetividade liberta do desejo e do gozo mortificador do Outro.
Esta tentativa
de abordagem do fenômeno Lygia Clark deixa em mim a certeza de que sua
produção merece, entretanto, um estudo muito mais aprofundado
já que a consistência de seus textos e de sua obra artística
pode ensinar aos psicanalistas as artes do sujeito em sua própria constituição,
como operação lógica discursiva que independe de uma cronologia
espaço-temporal.
Para finalizar,
recorto mais um trecho de seu diário inédito onde encontrei o
motivo para o meu título e o esquema para desenvolver o trabalho:
Como poderia
escrever meu livro?
Me pergunto todos os dias e vejo a dificuldade.
Seria de como saí da loucura para a vida através da arte e
depois como saí para a vida através da arte, deixando de fazê-la.
Esse é o esquema, mas entram todas as vivências na arte, a
percepção das mesmas na vida, os sonhos que formularam muitas
vezes o processo da conscientização. Sem ilustrar o processo,
sem tempo linear.
(Trecho dos diários, sem data, certamente posterior a 1971/72, “Pensamento
Mudo”)
Referências
BARBIERI, C. Psicanálise
da Criação: sublimação e repetição.
Cógito, n. 2, 2000. p. 22.
CLARK, L. OITICICA,
H. Lygia Clark – Hélio Oiticica: Cartas, 1964-74. Rio
de Janeiro: Editora UFRJ,1996.
LACAN, J. O
Seminário, Livro 20: mais, ainda. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985.
LACAN, J. O
Seminário XXI (1973/1974): Le non-dupes errent: Inédito.
LACAN, J. A
Terceira [1973]. Inédito. Traduzido por Élide Valarini
para a Biblioteca do Campo Freudiano
ROLNIK, Suely.
A arte cura? Quaderns portàtils. Museu d’Art Contemporani de
Barcelona - Disponível em: http://www.macba.es. Acesso em: 25 jun .2007.
LYGIA Clark. Barcelona:
Fundació Antoni Tàpies, 1997.
*
Este artigo resume a conferência “Da vida à arte e de
volta à vida: o sujeito em Lygia Clark”, apresentada pela
primeira vez na XIX Jornada do Círculo Psicanalítico da Bahia,
II Jornada de Psicanálise e Arte do Círculo Brasileiro de Psicanálise
– RJ e I Jornada Leste do Círculo Brasileiro de Psicanálise
que aconteceu de 2 a 4 de agosto de 2007 em Salvador com o tema “Artes
da Psicanálise”. A conferência está publicada
na íntegra na revista Cógito v.9, 2008, publicação
do Círculo Psicanalítico da Bahia. ** Psicanalista. Presidente do Círculo
Brasileiro de Psicanálise e do Círculo Psicanalítico da
Bahia, gestões 2006/2008. 1ISTOÉ. São
Paulo, Editora Três, Ano 30,n. 1953, 04 abr. 2007. p. 102 2 Id,.ibid. 3 Cf. Lygia Clark. Barcelona: Fundaçió
Antoni Tàpies, 1997. p.314. 4 Segundo depoimento de familiares. 5 Trecho encontrado do site Net
Saber Biografias. Disponível em: http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia.php?c=221.
Acesso em 13 jun. 2007. 6 Conforme foi desenvolvido no
texto Psicanálise da Criação: sublimação
e repetição. Cógito, Salvador, Círculo
Psicanalítico da Bahia, n. 2, 2000. 7 A banda ou fita de Moebius é
uma superfície com um só lado e uma só borda. É
um objeto topológico não orientável. 8 Termo utilizado por Jacques
Lacan quando usa objetos da topologia, tais como a banda de Moebius, para articular/mostrar
a teoria psicanalítica. 9 Termo usado por ROLNIK, Suely,
A arte cura? Quaderns portàtils. Disponível em: http://www.macba.es/uploads/20060531/QP_02_Rolnik.pdf
(site do Museu d’Art Contemporani de Barcelona. 10 Ela assim define o caminho
que o artista deve trilhar em suas crises, na carta de 11/10 já mencionada
anteriormente, e que nos lembra muito o enunciado lacaniano “Os não
tolos erram”. 11 A entrevista visava o curso
que Lygia dava na Sorbone nessa época. Fragmento de Roberto Pontual.
Lygia Clark: a fantasmática do corpo. Jornal do Brasil, Rio
de Janeiro, 21 set. 1974. In:LYGIA Clark. Barcelona: Fundació Antoni
Tàpies, 1997. p.314. 12 Termo usado por Rolnik, Suely.
A arte cura?, op.cit.